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Você está em:Home»NOTÍCIAS»Religião»A centralidade do corpo no Islam
Religião

A centralidade do corpo no Islam

 

Esta semana retomei uma discussão que para o meu trabalho sempre foi crucial – o corpo no Islam -.  Na conversa que realizei na Faculdade de Enfermagem da USP Ribeirão Preto[2] revisitei alguns pontos que são prioritários quando se trata pensar os cuidados com o corpo na religião islâmica. Minha tese de doutorado, Entre Arabescos, luas e tâmaras: performances islâmicas em São Paulo, defendida em 2007 já postulava a ideia de um corpo entregue a Deus e da constituição desta centralidade para se pensar o Islam. É o corpo moldado às práticas religiosas que vai sendo remodelado e entregue a Deus sem sócios ou outros elementos que se interponham nesta relação.

Para Thomas Czordas a religião é um bom modelo para pensar, não só o corpóreo, mas o incorpóreo dessas experiências de estar-no-mundo. O exemplo dado por ele é a glossolalia[3], fenômeno característico da religião carismática, pelo qual o fiel compartilha o não dito. Para o autor, é um modo do homem assumir um estar-no-mundo (Cf.1990, p.40), para um muçulmano poderia ser a realização doZikr (forma de recordar a Deus repetindo determinadas palavras). No Islam temos alguns atributos que devem ser destacados sobre o corpo. São eles:

Corpo purificado para oração estabelece este contato direto com o divino. O cobrir-se, como fazem as mulheres com seus hijabs, palavra que vem do árabe – hajaba – aquilo que separa, é situação sine qua non para a “proximidade” com Deus durante a oração. A mudança no metabolismo do jejuador, dando inclusive uma estabilidade emocional. Os cuidados com o que se come e com a quantidade, aqui a importância do consumo de alimentos serem halal (lícito, autorizado) desde o abate de animais realizados com regras específicas ao não consumo de carne de porco e álcool:“Estão-vos vedados: a carniça, o sangue, a carne de suíno e tudo o que tenha sido sacrificado com a invocação de outro nome que não seja o de Deus…” (Alcorão 5:3) “… e intoxicantes.” (Alcorão 5:91-92). Há também as prescrições em relação ao sexo, o cuidado e apreço pelo corpo do parceiro.

Cabe frisar, que no Islam os seres humanos são criaturas de Deus, não são filhos. O humano é a própria obra de Deus, neste sentido, tudo o que foi criado por Ele deve receber o máximo respeito e cuidado. O corpo de um muçulmano não pode ter tatuagem, não é aceito cirurgias plásticas estéticas, mas sim, quando essas são imprescindíveis por uma questão de saúde, ou outro motivo que não seja o mero embelezamento.

Na conversa com estudantes de enfermagem ressaltei a importância do atendimento a uma mulher muçulmana, que seja designada uma enfermeira. Não é recomendado a uma mulher ter contato com homens, claro que, em situações de emergência e se não há possibilidade deste atendimento personalizado, a pessoa irá preferir ser atendida, assim como, sua família, devido as suas condições físicas. Mas quero chamar a atenção para que haja um certo cuidado com pacientes muçulmanos. Pessoas religiosas sempre vão querer rezar cinco vezes ao dia, para isso há a necessidade de ablução que é lavar o rosto, os braços até o cotovelo, passar a mão na cabeça, lavar os pés. Profissionais da áreas da saúde conhecendo práticas dos muçulmanos vão poder auxilia-los a fazer aquilo que possibilita a sua recuperação que é a sua devoção a Deus, ajudando a cumprir um dos pilares da religião.

Um dos alertas que fiz neste trato com muçulmanos, principalmente mulheres, que ao tocá-los seja pedido autorização. Importante lembrar que um paciente em geral está em uma situação de fragilidade e respeitar sua ética religiosa não lhe impedirá de fazer um bom trabalho, ao contrário, dará mais segura a mulher/paciente. Mulheres que usam lenço vão preferir uma equipe médica de mulheres, mas na impossibilidade disso é preferível que se pergunte a mesma como se deve proceder. Mulheres que usam lenço não ficam sem o mesmo na frente de homens. Há um interdito que homens que não são da sua família nuclear não podem tocá-las ou vê-las sem o lenço, exigência igual aos homens muçulmanos. Um homem religioso também não vai se sentir bem em ter uma enfermeira que cuide dele.

As partes intimas (awrah) do corpo humano devem estar cobertas, trata-se de regra islâmica, podendo esta exposição apenas em caso de cirurgia. O awrah também tem relação com privacidade (intimidade) como é possível destacar do Alcorão (24,58)

“Ó fiéis, que vossos criados e aqueles que ainda não alcançaram a puberdade vos peçam permissão (para vos abordar), em três ocasiões: antes da oração da alvorada; quando tirardes as vestes para a sesta; e depois da oração da noite – três ocasiões de vossa intimidade. Fora disto, não sereis, nem vós, nem eles recriminados, se vos visitardes mutuamente. Assim Deus vos elucida os versículos, porque é Sapiente, Prudentíssimo.”

Há alguns anos atrás em uma palestra, Sheik Jihad Hassan Hammadeh observou: “ser muçulmano é conjunto de alma mais corpo, isto implica na teoria e na prática, é preciso acreditar nos seis pilares da fé e nos cinco pilares da prática” (notas caderno de campo). Quando ele se refere à alma, está pensando na fé que o muçulmano tem em relação ao que se deve acreditar: Crer em Deus; Crer em todos os mensageiros (anjos criados da luz); Crer em todos os livros enviados por Deus: as escrituras (Abraão e Moisés); o livro de David; o evangelho de Jesus; a Torá; Crer no dia do Juízo Final; Crer no Profeta Muhammad; Crer no destino — Maktub. Mas, tudo isso, sem a prática, não tem validade, e é aí que o corpo entra: a Shahada – implica adorar a Deus (são as palavras que saem da boca, mas antes elas foram ouvidas); fazer as cinco orações diárias (os movimentos do corpo, como tratei no capítulo anterior); pagar o Zakat (que significa purificação da riqueza, pois se dá ao pobre aquilo que não é seu); fazer o jejum do mês do Ramadã (que intensifica as sensações corporais, contribuindo para uma mudança do corpo), e por fim o hajj, a peregrinação a Meca (o hajj é, sem dúvida, um momento intenso de sensações e mudanças corporais. Durante cinco dias, o corpo é submetido ao regime rígido da prática religiosa). A mudança, portanto, é vivenciada de dentro para fora. A pessoa acredita e por isso transforma o seu habitus.

Um conhecimento básico da religião por parte da área de saúde trará ao paciente uma melhora significativa. Nos últimos dez anos temos acompanhado os refugiados ou pessoas em fluxos migratórios no Brasil (palestinos, sírios e africanos de várias partes da África), em sua maioria, o sofrimento, e suas marcas corporais e psicólogicas são evidentes. É necessário que agentes de saúde se preparem para dar conforto e cuidado a essas pessoas. O desafio com a língua, com o comportamento diferente podem esbarrar numa dificuldade da relação entre profissionais da saúde/paciente que por sua vez pode gerar ainda mais adoecimento. Nenhuma pessoa torna-se refugiado por desejar, mas por uma necessidade imposta. Outra dado fundamental é que ao se constatar o óbito de um muçulmano todas as regras de cuidado com o corpo permanecem devendo um muçulmano de sua família (caso tenha, esposo, esposa, filhos) cuidar da limpeza e do preparo deste corpo para o funeral. Se, se considerar as regras apresentadas neste artigo já teremos um bom começo desta relação de cuidado.

 

Referências

CSORDAS, Thomas. Embodiment as a Paradigm for Anthropology. Ettlos. Vol 18, n.1, pp. 5-47,1990.

BARBOSA-FERREIRA, Francirosy Campos. Entre arabescos, luas e tâmaras: performances islâmicas em São Paulo. Tese doutorado, Antropologia, USP, 2007, 372p.

____________________

[1] Antropóloga, pós-doutora pela Universidade de Oxford sob supervisão do Prof. Tariq Ramadan, docente do Departamento de Psicologia, FFCLRP/USP. Email: francirosy@gmail.com, coordenadora do GRACIAS – Grupo de Antropologia em Contextos Islâmicos e Árabes; organizadora do livro: Olhares femininos sobre o Islã: imagens, etnografias e metodologias, Hucitec, 2010.

[2] Participação no evento “O Credo e a Intolerância Religiosa na Saúde” , Faculdade de Enfermagem, USP/RP.

[3] É um fenômeno onde o indivíduo crê expressar-se em uma língua desconhecida.

 

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