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Você está em:Home»ARTIGOS»O Tempo, o Lugar e as Pessoas*
ARTIGOS

O Tempo, o Lugar e as Pessoas*

por Idries Shah *

CONTAM QUE…
Antigamente vivia um rei que após chamar um dervixe lhe disse:
– O Caminho dervixe, através de uma contínua e ininterrupta série de mestres que remontam aos primeiros dias do homem, sempre propiciou a luz que tem sido a causa motivadora dos verdadeiros valores, dos quais meu reino nada mais é que um pálido reflexo.

Ao que o dervixe respondeu:
– Assim é.
– Agora, já que estou instruído de modo a conhecer os fatos precedentes, ansioso e disposto a aprender as verdades que você, com sua superior sabedoria, pode tornar acessíveis, ensine-me!
– Trata-se de uma ordem ou de um pedido? – indagou então o dervixe.
– É o que você queira considerar – retrucou o rei -, já que, se funcionar como um ordem, aprenderei. E se o fizer bem como atendimento a um pedido, também aprenderei.
E aguardou que o dervixe falasse.
Após alguns minutos, finalmente o dervixe ergueu a cabeça, já que estava em atitude contemplativa, e disse:
– Deve esperar o ‘momento da transmissão’.
Isso confundiu o rei, porque afinal de contas, se queria aprender, achava ter direito a que lhe dissessem ou mostrassem alguma coisa.
O dervixe retirou-se do palácio.
Depois desse fato, dia após dia, o dervixe continuou servindo o rei. Diariamente eram tratados os assuntos do Estado; o reino conheceu períodos de alegria e de provação, os conselheiros davam seu parecer, a roda do paraíso girava.
‘O dervixe vem aqui todos os dias’, pensava o rei, cada vez que o via com seu manto de retalhos, ‘e no entanto nunca se refere àquela nossa conversa sobre a aprendizagem. Na verdade, participa das diversas atividades da corte, conversa e ri, come e, sem dúvida, dorme. Estará aguardando alguma espécie de sinal?’
Porém, por mais que se empenhasse, o rei era incapaz de penetrar nas profundezas daquele mistério.
Por fim, quando a adequada vaga do oculto cobriu as praias da possibilidade, teve lugar uma conversação no palácio. Alguém dizia:
– Daud de Sahil é o melhor cantor do mundo.
E o rei, embora esse tipo de acontecimento geralmente não lhe interessasse, sentiu um grande desejo de ouvir aquele cantor.
– Que o tragam à minha presença – determinou.
O mestre de cerimônias foi enviado à casa do cantor, mas Daud, soberano entre os cantores, simplesmente declarou:
– Vosso rei demonstra conhecer muito pouco os requisitos da arte do canto. Se deseja que eu vá apenas para conhecer meu rosto, irei. Mas se quer me ouvir cantar, terá que esperar, como todos fazem, até que meu estado de ânimo seja o mais indicado para tal. Pois é o fato de saber quando se deve cantar e quando não o que me converteu, como converteria qualquer tolo que conhecesse o segredo, em um grande cantor.
Quando essa mensagem foi transmitida ao rei, este refletiu ira e desejo, bradando:
– Será que não há ninguém aqui que obrigue esse homem a cantar para mim? Já que só canta quando está com disposição, eu, por minha vez, quero ouvi-lo enquanto tenho vontade.
Foi aí que o dervixe interveio, dizendo:
– Pavão real desta era, acompanhe-me na visita a esse cantor.
Os cortesãos se entreolharam. Alguns pensaram que o dervixe punha em prática uma hábil manobra, que buscava uma maneira de fazer com que Daud cantasse. Se tivesse sucesso, o rei certamente o recompensaria. Mas se mantiveram calados, pois temiam um possível desafio.
Sem nada dizer, o rei levantou-se e ordenou que lhe trouxessem uma vestimenta bem modesta. Assim vestido, saiu à rua com o dervixe.
O rei, vestido como um plebeu, e seu guia logo se acharam em frente da casa do cantor. Quando bateram à porta, Daud gritou lá de dentro:
– Hoje não cantarei; assim, que se vão e me deixem em paz.
Ao ouvir tais palavras, o dervixe sentou-se na calçada e começou a cantar. Interpretou a canção favorita de Daud, com certa justeza e até o fim.
O rei, que não era um grande conhecedor de música, se sentiu emocionado pela canção, e sua atenção foi despertada para a voz maviosa do dervixe. Não sabia, porém, que ele havia cantado aquela peça com uma ligeira variação tonal, com o objetivo de despertar no íntimo do cantor o desejo de corrigi-lo.
– Por favor, por favor, cante esta canção novamente – suplicou o rei.
– Nunca ouvira melodia tão doce.
Mas neste instante, o próprio Daud começou a cantar. Ao ouvirem as primeiras notas, o dervixe e o rei ficaram como que em êxtase, e sua atenção se fixou na voz melodiosa do Rouxinol de Sahil.
Quando a canção terminou, o rei enviou um fino presente a Daud. E ao dervixe, disse:
– Homem de sabedoria! Admiro sua sagacidade ao fazer com que o Rouxinol cantasse, e desejaria convertê-lo num de meus conselheiros da corte.
Ao que o dervixe respondeu simplesmente:
– Majestade, poderá escutar a canção que for de seu agrado se houver um cantor, se estiver presente, e se houver alguém que haja como veículo para a execução da melodia. Como acontece com mestres-cantores e monarcas, assim se dá com os dervixes e seus discípulos. O tempo, o lugar, as pessoas e o talento.
* Extraído de ‘Histórias dos Dervixes’, de Idries Shah
Nova Fronteira 1976

** O conflito entre os sufis e os pedagogos comuns se evidencia com nitidez na teoria que afirma que as idéias sufis só podem ser estudadas de acordo com certos princípios; e estes incluem tempo, lugar e pessoas. Os acadêmicos exigem uma verificação em seus próprios termos das teorias sufis. Muitos contos sufis ilustram, como neste caso, o fato de que os sufis pretendem apenas uma oportunidade igual às requeridas por acadêmicos ou cientistas para ultimarem as condições necessárias. Este conto faz parte dos ensinamentos de Sayed Imam Ali-Shah, que faleceu em 1860 e cujo túmulo se encontra em Gurdaspur, Índia. Esse famoso mestre Naqshbandi era frequentemente assediado por postulantes a discípulos de todas as procedências e credos devido ao estranho fenômeno ‘psi’ que a ele era atribuído. As pessoas diziam que ele lhes aparecia em sonhos, dando-lhes informações importantes; que fora visto em vários lugares ao mesmo tempo; que tudo que dissesse resultava útil para seu ouvinte. Mas quando se achavam face a face com ele, não percebiam nada de sobrenatural ou fora do comum em sua figura.

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