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Você está em:Home»NOTÍCIAS»Educação»A contribuição do imigrante árabe para o estudo da Língua Portuguesa
Educação

A contribuição do imigrante árabe para o estudo da Língua Portuguesa

 

Leia a análise do professor João Baptista M. Vargens, vice-presidente do ICArabe.

Em 5 de maio, comemora-se o Dia da Língua Portuguesa. Este artigo é dedicado aos falantes da língua portuguesa, cerca de 280 milhões, e, especialmente, aos imigrantes árabes no Brasil e a seus descendentes.

 

A Última Flor do Lácio Inculta e Bela

Olavo Bilac

                                                                                                       

Última flor do Lácio, inculta e bela,

És, a um tempo, esplendor e sepultura:

Ouro nativo, que na ganga impura

A bruta mina entre os cascalhos nela…

 

Amo-te assim, desconhecida e obscura,

Tuba de alto clangor, lira singela,

Que tens o trom e o silvo da procela

E o arrolo da saudade e da ternura!

 

Amo teu viço agreste e o teu aroma

De virgens selvas e do oceano largo!

Amo-te ó rude e doloroso idioma,

 

Em que da voz materna ouvi: “meu filho!”

E em que Camões chorou, no exílio amargo,

O gênio sem ventura e o amor sem brilho.

prof Josão Baptista
João Baptista M. Vargens

Neste soneto, o poeta parnasiano Olavo Bilac (1865-1918) presta homenagem à língua materna, como assim fizeram Luís de Camões e o contemporâneo Caetano Veloso, entre outros. O título do poema remete à história da língua portuguesa, por ter sido a última entre as neolatinas a ser formada, em companhia de soldados da região do Lácio que ocuparam a Península Ibérica.

A Ibéria abrigou, ao longo da história, povos de diversas origens, por se localizar em um ponto geográfico estratégico, banhada pelo Atlântico e pelo Mediterrâneo, separada por pouco mais de uma dezena de quilômetros do continente africano. Entre os que lá estiveram e contribuíram para a formação da sociedade local, cabe um lugar de destaque ao contingente árabe-muçulmano que, em se considerando os anos da conquista (711) e o da rendição (1492), por quase oito séculos, exerceram uma liderança política na região.  As marcas herdadas desta fausta civilização são indeléveis. Elas podem ser percebidas nas edificações, ainda hoje de pé, na filosofia, no pensamento de um modo geral e no comportamento dos habitantes do sul de Espanha e de Portugal.

Por conseguinte, a língua portuguesa não passou incólume. Ganhou milhares de palavras de origem árabe para nomear aquele novo mundo desvelado.  Ao longo de seu percurso, no tempo e no espaço, alguns desses arabismos caíram em desuso e fazem parte do repositório do léxico do português medieval, entretanto, outros estão em pleno vigor, com um alto índice de ocorrência e, principalmente, gerando frutos, percebidos nas palavras compostas e derivadas, a partir das possibilidades oferecidas pela morfologia da língua que os acolheu.  Pelo exposto, pode-se afirmar que a língua do Profeta Muhammad, depois do latim, foi a que mais contribuiu para a formação do léxico português.

Desde os primórdios da língua portuguesa, nota-se a presença não somente de arabismos, mas, também, de termos árabes no cancioneiro medieval:

[1]Vai-se meu corachon de mib

ai, Rab, si se me tornarád?

Tan mal meu doler li-l-habib!

Enfermo yed, quando sanarád?

Que fare(i) mama?

mio al-habib est’ad yana.

 

Em português atual:

 

Vai-se o meu coração de mim

Ó Deus, acaso se tornara?

Tão mal é meu doer pelo amado!

Enfermo está, quando há de sarar?

Que farei, mamãe?

Meu amado está à porta.

Quase um milênio depois da elaboração do poema apócrifo, chegou o grupo pioneiro de imigrantes árabes no Brasil. Isso ocorreu na segunda metade do século XIX.  Era necessário, para ganhar a vida adquirir a língua local.  Trocando o /p/ pelo /b/, de mala em punho, saíram os mascates desbravando o País, desde o Rio de Janeiro, a capital, até os mais recônditos rincões do interior do País.

Em uma fase posterior, filhos desses imigrantes interessaram-se em estudar a língua oficial do país anfitrião e se tornaram mestres de notória expressão: filólogos, gramáticos, lexicógrafos e críticos textuais.

Destacaremos neste artigo cinco deles:

SAID ALI (1861-1953). Nasceu em Petrópolis, região serrana fluminense, a Cidade Imperial. Aos 14 anos, foi para o Rio de Janeiro, onde foi professor de alemão (sua mãe era alemã), francês, inglês e geografia na Escola Militar e no Colégio Pedro II.  Lá foi professor do poeta modernista Manuel Bandeira. Said Ali é considerado um dos primeiros, senão o primeiro, filólogos da língua portuguesa no Brasil. Ele escreveu, também, livros sobre versificação, gramática, sintaxe e geografia.  Sua obra mais importante é a Gramática histórica da língua portuguesa, publicada em 1931.

ANTÔNIO HOUAISS (1915-1999). Nasceu no Rio de Janeiro e teve toda a sua formação, do primário ao universitário em instituições públicas.  Foi Presidente da Academia de Letras e contribuiu para o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Ele foi um dos fundadores do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e um dos primeiros cassados pela ditadura militar, quando foi afastado da carreira diplomática. Destacou-se na organização das enciclopédias Delta-Larrousse e Mirador e traduziu muitos livros, com destaque para Ulisses, do irlandês James Joyce. Seu projeto mais ambicioso foi o dicionário Houaiss, iniciado em 1986 e, para o trabalho, reuniu um grupo seleto de especialistas. É considerado um dos maiores intelectuais brasileiros.

ANTÔNIO JOSÉ CHEDIAK (1916-2007).  Nasceu em Três Corações, sul das Alterosas.  Ele foi um filólogo da percepção apurada. Graduou-se em Jornalismo e em Letras Clássicas na Faculdade de Filosofia da antiga Universidade do Brasil, atual UFRJ. Entre outras edições críticas, publicou um trabalho riquíssimo: O navio negreiro, de Castro Alves, cotejando o manuscrito com 63 textos integrais e 5 parciais, no total de 15.998 versos (ABL, 2000). Ele foi secretário particular do Presidente Juscelino Kubitschek, de quem era amigo desde os tempos de estudante, em Belo Horizonte. O Professor Chediak escreveu diversos discursos do Presidente Juscelino. Foi, também, Secretário de Educação e Cultura e Secretário de Administração do antigo Estado da Guanabara.  No final de sua laboriosa vida, foi Diretor-Geral do Colégio Pedro II, onde foi docente de português por largas décadas.

ADRIANO DA GAMA KURY (1924-2012).  Nasceu em Sena Madureira, no Acre.  Aos 12 anos foi para Santos, onde estudou francês e inglês.  Três anos depois, mudou-se para o Rio de Janeiro e lá terminou o Curso Ginasial no Colégio Pedro II.  Fez o Clássico no Colégio Franklin Roosevelt e, em 1949, ingressou na Faculdade de Filosofia e, no mesmo ano, foi admitido por concurso público na Casa de Rui Barbosa.  Durante sua trajetória universitária, ensinou latim e português em colégios do Rio de Janeiro.  Mais tarde, tornou-se professor da Faculdade de Filosofia e do Instituto Rio Branco, tradicional casa para a formação de diplomatas.  Sua obra é muito vasta, destacando-se: Lições de análise sintática (Rio de Janeiro, Fundo Cultural, 1961) e a Gramática fundamental da língua portuguesa no Brasil (São Paulo, Lisa, 1972). Gama Kury escreveu diversos artigos e resenhas para jornais.

EVANILDO BECHARA (1928-    ).  Nasceu em Recife.  É membro da Academia Brasileira de Letras, ocupante da cadeira 33 e da Academia Brasileira de Filologia, cadeira 15.  Bechara é Professor Titular e Emérito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e da Universidade Federal Fluminense (UFF).  Ele é autor de várias gramáticas e sua produção no âmbito dos estudos da língua portuguesa é enorme e seu nome é reconhecido em Portugal, onde é Doutor Honoris Causa da centenária Universidade de Coimbra.  Seus livros mais conhecidos são: Moderna gramática portuguesa, 37ª edição (Rio de Janeiro, Lucerna, 1999) e Lições do português pela análise sintática, 18ª edição (Rio de Janeiro, Lucerna, 2001).

Na certeza de algumas omissões – houve outros descendentes de árabes que se dedicaram ao estudo do português – é importante destacar mais essa faceta do contributo árabe para a cultura brasileira, a “teoria da sopa de entulho”, de que nos fala o grande romancista contemporâneo Alberto Mussa, em que o sabor é característico, mas é possível se distinguir um legume do outro.

 

[1] Os versos citados foram extraídos da História da língua portuguesa, de Serafim da Silva Neto, Rio de janeiro, Presença, 1992.

 

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